Dois acusados, incluindo filho de vítima, são absolvidos no julgamento da "Chacina Lá Mané"

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Marrquessimedice, conhecido como “Marquinhos”, e Clebio, filho de Lá Mané, teriam rendido e depois executado as vítimas no dia 8 de abril de 2001, na região do Cinturão Verde

Na terça-feira, 19 de abril, o julgamento de Marrquessimedice Correa dos Santos e Clebio José Machado de Lima foi concluído com a absolvição deles das acusações de homicídio contra Manoel Sebastião de Lima, seu filho Manoel Sebastião de Lima Júnior e seu sobrinho José Davi Rodrigues de Lima, além da tentativa de homicídio contra Ivone Socorro da Silva. O Tribunal do Júri não reconheceu que eles foram os autores dos disparos de arma de fogo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Marrquessimedice, conhecido como “Marquinhos”, e Clebio, filho de Lá Mané, teriam rendido e depois executado as vítimas no dia 8 de abril de 2001, na região do Cinturão Verde.

A denúncia só foi recebida em 2009, e Marrquessimedice chegou a ser preso em 2020 após se mudar de cidade sem comunicar a Justiça. Em outubro de 2021, sua prisão foi revogada. Já Clebio respondeu em liberdade durante todo o processo.

Durante o julgamento, Ivone, esposa de Manoel e mãe de Manoel Júnior, afirmou ter visto o rosto de Clebio após serem rendidos e levados ao local onde seriam mortos. Um dos envolvidos no crime, Marcos Ribeiro de Campos, conhecido como "Cenoura", já faleceu. O autor do crime teria sido o cabo Hércules.

Ivone também disse que a relação de Clebio com o pai era conturbada e que mais de uma vez ele teria ameaçado Manoel de morte por interesse nos bens dele. Após os homicídios, enquanto Ivone estava internada, Clebio teria ido visitá-la e dito para que não comentasse o caso.

Em seus depoimentos, Marquinhos e Clebio negaram envolvimento no crime. Clebio se emocionou e negou a intenção de matar o pai.

O Júri reconheceu a materialidade do crime e que as vítimas foram alvejadas por armas de fogo, mas não concluiu que os disparos foram efetuados por Clébio ou Marrquessimedice. A juíza Mônica Perri acatou a decisão dos jurados e absolveu os dois.