Governador declara neutralidade e não dará apoio a nenhum candidato na eleição para a presidência da AMM

Segundo ele, essa é uma decisão que cabe aos prefeitos filiados à entidade

O governador Mauro Mendes (União) anunciou que não pretende se envolver na disputa pela presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), que ocorrerá neste ano.

Segundo ele, essa é uma decisão que cabe aos prefeitos filiados à entidade.

"Não é papel do governo do Estado se envolver em uma série de assuntos que não estão sob a minha responsabilidade, nem do Estado. A Associação Mato-grossense dos Municípios, como o próprio nome sugere, é uma competência dos prefeitos e prefeituras afiliadas a essa entidade. Eu respeito ambos os candidatos, conheço quem são, mas não vou interferir", afirmou o governador nesta terça-feira (6).

A declaração surge após o prefeito de Primavera do Leste (231 km ao sul de Cuiabá), Leonardo Bortolin (MDB), afirmar que conta com o apoio de deputados e buscará o apoio do governador. Bortolin lançou sua candidatura como representante da oposição, desafiando o atual presidente da AMM, Neurilan Fraga, que busca seu quinto mandato consecutivo.

O prefeito de Primavera alega ter o apoio de 56 prefeitos, enquanto Fraga acredita ter o apoio de mais de 100 prefeitos. Neurilan também já solicitou aos deputados estaduais que não interfiram na disputa da AMM. "Com todo o respeito aos deputados, acredito que eles deveriam permitir que seus seguidores políticos escolhessem quem consideram o melhor. Mas faz parte do jogo", afirmou na semana passada.

Neurilan Fraga assumiu a presidência da AMM em 2015, inicialmente para um mandato de dois anos. No entanto, ainda no primeiro ano, ele conseguiu alterar o estatuto para permitir que ex-prefeitos pudessem concorrer ao cargo. Essa manobra ocorreu porque Fraga estava em seu segundo mandato como prefeito de Nortelândia, já que foi eleito em 2008 e reeleito em 2012.

Após a mudança estatutária, ele foi eleito presidente da AMM. Em 2018, conquistou seu terceiro mandato consecutivo após outra alteração no estatuto. Já em 2020, obteve seu quarto mandato, quando houve mais uma modificação no estatuto em relação ao tempo de mandato, que passou de dois para três anos.