Governador Mauro solicita transição gradual na Reforma Tributária para evitar aprofundamento da desigualdade federativa

Eles enfatizaram as perdas que vários estados sofreriam de acordo com os cálculos apresentados

Em uma entrevista na manhã de quarta-feira (14), o governador Mauro Mendes propôs uma transição lenta na reforma tributária em andamento no Congresso Nacional. Segundo o governador, essa reforma poderia resultar em perdas de até R$ 7 bilhões anuais para Mato Grosso a partir de 2024. Mendes destacou que a Constituição Federal prevê o combate à desigualdade federativa, e é exatamente isso que a reforma, se mal elaborada, pode causar.

O governador informou que se reuniu no dia anterior (13) com o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma, juntamente com outros governadores do Centro-Oeste.

Eles enfatizaram as perdas que vários estados sofreriam de acordo com os cálculos apresentados.

Mendes ressaltou a importância da reforma tributária no país, após mais de 30 anos de discussões e debates. No entanto, ele alertou que o estado de Mato Grosso, juntamente com outros estados, seria prejudicado por essa reforma, o que não pode aprofundar a desigualdade federativa nem causar desequilíbrios.

Os governadores propuseram ao parlamentar uma transição mais gradual, a fim de que todos tenham a oportunidade de adaptar suas economias e criar mecanismos para lidar com as mudanças. A principal sugestão é garantir incentivos para as indústrias nessas regiões.

Ao longo das últimas décadas, o Brasil tem se esforçado para industrializar as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, buscando promover o desenvolvimento nessas áreas. Diante disso, os governadores sugeriram ao deputado que as indústrias nessas regiões possam contar com um crédito presumido de 5%, a fim de manter a competitividade desses setores industriais, o que seria benéfico para o Brasil como um todo.

Mauro Mendes propõe que a transição seja gradual até 2032, afirmando que, dessa forma, não seria necessário criar um fundo para compensar os estados.

Ele questiona se a União teria recursos para financiar esse fundo e defende que, ao adotar uma transição lenta até 2032, não seria necessário recorrer a um fundo para compensação. Segundo o governador, o país precisa resolver essa questão sem criar mais um fundo, como é comum acontecer no Brasil.